CINEZERA: Um fenômeno chamado Boyhood



Não se via no mundo cinematográfico mundial (diga-se o de grande rotação e distribuição) um filme que viesse causando tanto buzz midiático e de busca por informações, creio que o último que conseguiu esse feito foi The Artist (2011, Michel Hazanavicius) pelo seu fato de ser um filme mudo e preto/branco em pleno século XXI. Boyhood não se passava apenas de um domínio de título de cinema no IMDB até a sua divulgação completa e de que maneira o mesmo seria feito. Richard Linklater, o diretor que ou você ama ou odeia, viria com uma empreitada nunca(?) feita na história do cinema: gravar um filme com o mesmo elenco durante 12 anos.


Ou tudo daria certo, ou tudo daria muito errado. Assim como seu diretor, Boyhood é o tradicional filme que você ama ou você odeia. Não se pode começar a vê-lo esperando um roteiro de alta reflexão filosófica que vai mudar a sua vida até o final das duas horas e um pouco mais. Ele foi feito para contar uma história, e faz isso, num passar de tempo magistralmente normal, no qual você consegue acompanhar de fato a mudança de personalidade de cada um dos envolvidos em cena e todo o processo pelo qual eles vão passando em meio as tomadas.

A trilha sonora é outro fato que pega muito bem em Boyhood, que tem sua cena de abertura com a grandiosa Yellow da banda britânica Coldplay. Em toda a totalidade do filme a trilha sonora faz o seu papel muito bem. No que diz respeito as atuações, todas as premiações pelas quais Boyhood vem passando e levando estatuetas são justas, afinal, um ator permanecer no mesmo personagem por doze anos sem que perca a sua originalidade e o “Q” do seu personagem é um feito e tanto. Assista ao trailer do filme!



Por fim, cabe a pergunta: Boyhood é mesmo um “marco” ao cinema, ou apenas um buzz de marketing muito bem realizado que vêm arrebatando prêmios ao redor do mundo com um filme muito bem executado?

Comentários

Postagens mais visitadas